
A Borboleta que Queria Pintar



Lila era uma borboleta curiosa e encantada pelas cores ao seu redor. Ela passava horas voando pelo campo, admirando as flores vermelhas, amarelas e azuis que balançavam ao vento. Um dia, após uma chuva de verão, Lila viu algo incrível: um arco-íris que pintava o céu com suas cores vibrantes. Fascinada, ela teve uma ideia: “E se eu pudesse criar algo tão bonito quanto isso?”
Determinada, Lila decidiu que queria aprender a pintar. Primeiro, ela pediu ajuda ao vento. “Você espalha o pólen e cria desenhos incríveis no ar. Pode me ensinar?” O vento respondeu: “Eu posso te inspirar, mas a criatividade deve vir de você.” Lila agradeceu e foi até os passarinhos, que cantavam melodias doces nas árvores. “Vocês podem me ajudar?”, perguntou. “Cante enquanto você cria”, disseram os passarinhos. “A música fará sua arte ainda mais especial.”
Com essas dicas, Lila começou sua jornada artística. Ela mergulhava suas asas coloridas no pólen das flores e tocava suavemente em pétalas, folhas e até pedras. No começo, os desenhos eram simples, mas com o tempo, Lila aprendeu a misturar as cores de suas asas com o ambiente, criando padrões únicos e cheios de vida. Logo, a floresta estava repleta de pequenos quadros naturais que encantavam todos os animais.
Os esquilos paravam para admirar as folhas pintadas, as abelhas dançavam ao redor das flores decoradas, e até a tartaruga, que raramente se impressionava, elogiou uma pedra brilhantemente decorada. Lila ficou muito feliz ao ver a alegria que sua arte trazia.
Mas um dia, uma chuva forte caiu sobre a floresta. Quando o sol voltou a brilhar, Lila percebeu que muitas de suas obras haviam desaparecido. Triste, ela pousou em uma pedra molhada, pensando se valia a pena continuar pintando.
Foi então que o vento voltou e disse: “Lila, sua arte pode desaparecer, mas a felicidade que você trouxe ficará para sempre.” Lila olhou ao redor e viu os animais ainda sorrindo, lembrando-se das cores e formas que ela havia criado. Ela sorriu também e entendeu que o mais importante não era a duração de sua arte, mas o encanto que ela provocava.
Desde então, Lila continuou pintando. Não para durar, mas para espalhar alegria e fazer a floresta um lugar ainda mais mágico. E sempre que o arco-íris aparecia no céu, Lila sentia uma inspiração especial, sabendo que sua arte tocava o coração de todos.