Lili era uma coelhinha muito alegre que vivia em uma clareira florida na floresta. Um dia, ela decidiu colher morangos para sua família. Com sua cestinha de vime, ela pulou de arbusto em arbusto, escolhendo os morangos mais vermelhos e suculentos que encontrava. Quando a cesta estava cheia, Lili olhou para ela com orgulho. “Minha família vai adorar!”, pensou.

No caminho de volta para casa, Lili encontrou seu amigo esquilo, Tito. Ele estava sentado sob uma árvore, com uma expressão faminta. “Oi, Tito! O que aconteceu?”, perguntou Lili. “Eu não encontrei nenhuma noz hoje e estou com muita fome”, respondeu Tito. Sem pensar duas vezes, Lili pegou alguns morangos de sua cesta e os ofereceu ao esquilo. “Aqui, experimente! São deliciosos.” Tito agradeceu com um sorriso e comeu os morangos, sentindo-se revigorado.

Mais à frente, Lili viu um passarinho em um galho baixo. Ele parecia triste, com as asas caídas. “O que houve, Pipo?”, perguntou ela. “Perdi minha música hoje... Estou sem ânimo para cantar”, disse o passarinho. Lili pensou em como poderia animá-lo e ofereceu alguns morangos. “Tente comer estes. Eles são doces como a sua música!” Pipo experimentou e logo começou a cantarolar uma melodia alegre. “Obrigado, Lili! Você me fez sentir melhor.”

Ao se aproximar de casa, Lili encontrou a tartaruga Juju, que caminhava devagar com um olhar cansado. “Juju, você parece exausta!”, disse Lili. “Estou voltando de uma longa caminhada e meus pés estão doloridos”, respondeu a tartaruga. Lili sorriu e deu os últimos morangos de sua cesta para Juju. “Coma, eles vão te dar energia!” Juju comeu devagar e agradeceu calorosamente: “Você é muito gentil, Lili.”

Quando Lili finalmente chegou em casa, percebeu que sua cesta estava quase vazia. Um pouco preocupada, entrou na cozinha e foi surpreendida por um delicioso aroma. Sobre a mesa, havia um bolo de cenoura fofinho e dourado, feito por sua mãe. “Lili, este bolo é para você, como agradecimento por sempre ser tão generosa”, disse a mãe.

Lili sorriu, sentindo o coração aquecido. Naquele dia, ela aprendeu que compartilhar traz alegria e que gestos de bondade sempre voltam de formas inesperadas. Desde então, Lili nunca hesitou em dividir o que tinha, sabendo que a felicidade compartilhada é o maior presente de todos.