
A Tartaruga que Descobriu a Lua



Num lago tranquilo, cercado por árvores altas e flores coloridas, vivia uma tartaruga chamada Lua. Desde pequena, ela ouvia os animais do bosque comentarem como seu nome era bonito e especial, mas nunca entendia por que havia recebido aquele nome. Um dia, ao cair da noite, enquanto descansava na margem do lago, Lua notou algo diferente na água.
Havia um brilho prateado dançando suavemente na superfície do lago. Curiosa, ela levantou os olhos e viu, pela primeira vez, a lua no céu. Era enorme, redonda e luminosa. Encantada, Lua sentiu seu coração bater mais rápido. “Agora entendi por que me chamam de Lua!”, pensou. Inspirada por aquela descoberta, ela decidiu: “Preciso tocar a lua no céu!”
Lua contou seu plano para seus melhores amigos: o coelho, o pato e o peixe. “Como posso alcançar a lua?” perguntou ela, cheia de esperança. O peixe, nadando alegremente, sugeriu: “Eu te empurro da água! Com minha força, você vai conseguir pular bem alto!” Animada, Lua tentou. O peixe empurrou com todas as suas forças, mas Lua só conseguiu dar um pequeno pulo, mal tocando a superfície do lago.
Depois, o pato, batendo as asas, disse: “Eu te ajudo a voar! Vamos tentar juntos!” Ele tentou levantar Lua do chão, mas ela era muito pesada para suas asas frágeis. Lua suspirou, desanimada, até que o coelho, com sua inteligência, teve uma ideia brilhante. “Vamos escalar a grande rocha na margem do lago! Lá de cima, você ficará bem perto do céu.”
Todos trabalharam juntos. Primeiro, o peixe ajudou Lua a atravessar a água até a margem. Depois, o pato a empurrou cuidadosamente com suas asas, e o coelho guiou o grupo até o topo da grande rocha. Lá em cima, Lua respirou fundo e esticou seu pescoço o máximo que pôde. Ao olhar para baixo, ela viu algo mágico: o reflexo da lua brilhando na água. Com um toque suave de sua pata, Lua exclamou: “Eu consegui! Toquei a lua!”
Seus amigos comemoraram, aplaudindo e rindo de alegria. No céu, a lua parecia sorrir para eles, iluminando o lago com ainda mais brilho. Lua percebeu que não precisava alcançar o céu para ser especial. Ela já era única do jeito que era, com amigos maravilhosos ao seu lado.
Desde aquele dia, Lua nunca mais desejou alcançar o céu. Em vez disso, ela aprendeu a apreciar sua própria luz e a beleza que já existia ao seu redor. E todas as noites, ao olhar para o reflexo da lua no lago, ela sorria, sentindo-se a tartaruga mais especial do mundo.