
O Ratinho e o Som Misterioso



Nico era um ratinho curioso e corajoso que vivia em uma toca aconchegante, cheia de pedacinhos de lã e folhas secas para mantê-lo aquecido. Ele adorava a tranquilidade do bosque, mas também era muito curioso sobre os sons da noite. Certo dia, enquanto a lua brilhava no céu e o vento balançava as árvores, Nico ouviu um som estranho: “Tu-tu-tu!”
Era um som diferente, algo que ele nunca tinha escutado antes. Intrigado, Nico decidiu investigar. “De onde vem esse som?”, perguntou a si mesmo. Pegando uma lanterna pequenina que tinha feito com um pedaço de casca de nozes, ele saiu de sua toca em busca de respostas.
Primeiro, Nico foi até o lago, onde encontrou o sapo Croco. “Croco, você está fazendo esse som estranho?”, perguntou Nico. Croco arregalou os olhos e respondeu: “Não, Nico. Meu som é ‘croac-croac’, e nunca mudou! Mas boa sorte em sua busca!”
Sem desistir, Nico continuou sua jornada. Ele seguiu o som até uma árvore alta e viu um morcego pendurado de cabeça para baixo. “Morcego, você fez o som ‘tu-tu-tu’?”, perguntou Nico, levantando sua lanterna. O morcego bocejou e respondeu: “Eu só faço silêncio quando voo à noite. Não sou eu, mas espero que você encontre o que procura.”
Mais curioso do que nunca, Nico seguiu o som até uma caverna no fundo do bosque. Lá dentro, ele viu algo inesperado: uma pequena coruja com olhos grandes e penas fofinhas. Ela parecia envergonhada e sussurrava para si mesma: “Tu-tu-tu.”
“Você está bem?”, perguntou Nico, aproximando-se com cuidado. A corujinha suspirou e respondeu: “Estou tentando aprender a cantar como as outras corujas, mas ainda não consigo.” Nico riu e disse gentilmente: “Seu som é lindo! Só precisa de prática, e logo você será a melhor cantora do bosque.”
A corujinha sorriu pela primeira vez. Sentindo-se encorajada, ela tentou novamente: “Tu-tu-tu!” Agora, o som parecia mais firme e confiante. Nico aplaudiu, e a corujinha agradeceu: “Obrigada, Nico. Você é muito gentil.”
Daquele dia em diante, Nico e a corujinha se tornaram grandes amigos. Todas as noites, eles exploravam o bosque juntos, e a pequena coruja cantava com cada vez mais confiança. Nico aprendeu que, às vezes, um pouco de incentivo pode fazer toda a diferença, e a corujinha descobriu que a prática e a amizade tornam qualquer desafio mais fácil de superar.